O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciará nesta sexta-feira (11) seu desejo de retirar da Rússia o status comercial de "nação mais favorecida", de acordo com uma fonte familiarizada com o assunto, uma medida que abriria caminho para aumentos de tarifas.
A aprovação final da nova medida de retaliação à invasão da Ucrânia pela Rússia, a ser tomada em coordenação com os países do G7 e a União Europeia, será decidida pelo Congresso, acrescentou a fonte.
Esse passo deverá ser mera formalidade, já que o próprio Congresso, num raro espírito bipartidário, já se pronunciou a favor da medida.
A agenda do presidente americanos para esta sexta-feira prevê declarações na parte da tarde para anunciar novas medidas em resposta à "guerra não provocada e injustificada" da Rússia contra a Ucrânia.
A cláusula de "nação mais favorecida", conhecida nos Estados Unidos como "relação comercial permanente normal", é a pedra angular do livre comércio.
É um princípio de reciprocidade e de não discriminação que rege atualmente a maioria das relações comerciais entre os Estados.
Portanto, a Organização Mundial do Comércio (OMC) exige que qualquer vantagem comercial, como a redução de tarifas, concedida por um membro se aplique automaticamente a todos os outros.
Concretamente, privar a Rússia desse status permitiria que seus parceiros comerciais impusessem taxas alfandegárias mais altas, penalizando as exportações de Moscou.
* AFP