A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou nesta quinta-feira (24) uma resolução sobre as consequências humanitárias da agressão russa contra a Ucrânia e pediu cessar-fogo imediato. Foram 140 votos favoráveis, cinco contrários, incluindo a China, e 38 abstenções.
A resolução A/ES-11/L.2 destaca os ataques realizados pela Federação Russa contra civis ucranianos e as "terríveis consequências humanitárias", que diz estar "em uma escala que a comunidade internacional não vê na Europa há décadas". O documento menciona os bombardeios em cidades da Ucrânia e lamenta ataques em Mariupol, por exemplo.
Os Estados-membros pediram ainda que pessoas em situações vulneráveis, como mulheres e crianças, além de jornalistas e trabalhadores do setor humanitário, estejam totalmente protegidos.
As partes frisaram a importância de esforços contínuos pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, Estados-membros e sistema internacional para garantir assistência humanitária e proteção aos refugiados.
A Rússia caracterizou a resolução como "antirrussa" e disse que a ajuda humanitária está sendo politizada.
Uma outra resolução, a A/ES-11/L.3, foi proposta pela África do Sul, mas contou com 67 votos contrários, 50 favoráveis e 36 abstenções. O documento não menciona a Rússia e é similar a outra resolução, apresentada por Moscou e rejeitada no Conselho de Segurança das Nações Unidas.