Pelo menos 100 mil pessoas foram às ruas de Berlim, neste domingo (27), em solidariedade com a Ucrânia, invadida por tropas russas - informou a polícia, enquanto os organizadores falaram em uma multidão de meio de milhão de participantes.
Reunidos em frente ao Portão de Brandemburgo e ao Reichstag, prédio da Câmara dos Deputados, os manifestantes carregavam bandeiras em amarelo e azul, as cores nacionais da Ucrânia.
"Berlim a 670 km da linha de frente", "Stop the Killer" ("Pare o assassino", em português), "Não à Terceira Guerra Mundial" eram algumas das frases em faixas e cartazes dos manifestantes, que responderam em massa ao chamado da comunidade ucraniana que vive na Alemanha.
- Minha mãe está (abrigada) em um porão, (...), meu pai, em casa, no primeiro andar de um bairro ao norte de Kiev" -contou uma das participantes, a ucraniana Valeria Moiseeva, de 35 anos, que está grávida.
- Acho importante que a Alemanha se comprometa com a democracia na Europa e também é nossa responsabilidade - disse Hans Georg Kieler, de 49 anos.
Desde quinta-feira (24), manifestações acontecem todos os dias na capital alemã, especialmente em frente à imponente embaixada da Rússia, construída na avenida Unter den Linden, uma das grandes artérias que levam ao Portão de Brandemburgo.
A Alemanha abriga mais de 300 mil pessoas de origem, ou nacionalidade, ucraniana em seu território e também conta com uma grande diáspora russa, sobretudo, em Berlim.