O comando militar da Austrália negou nesta quarta-feira que um navio militar que transportou ajuda de emergência para Tonga foi a causa de um pequeno foco de covid-19, que motivou o fechamento das fronteiras do pequeno reino do Pacífico.
Os moradores da nação insular, que lutam para se recuperara de uma erupção vulcânica e um enorme tsunami letais, receberam ordens para permanecer em casa nesta quarta-feira, depois que dois trabalhadores portuários testaram positivo para covid na capital Nuku'alofa.
O navio HMAS Adelaide atracou na semana passada na cidade para deixar um carregamento de ajuda, apesar de um surto de coronavírus entre os tripulantes.
Mas o comandante de operações das Forças de Defesa da Austrália, o tenente-general Greg Bilton, afirmou que o foco de Nuku'alofa "não parece ter saído do HMAS Adelaide".
Ele disse que o navio de guerra, que registrou 51 casos de covid-19 entre os 630 tripulantes desde que zarpou de Brisbane em janeiro, atracou em uma parte diferente do cais de onde trabalhavam os dois homens infectados.
"Descarregamos com precauções contra a covid, sem contato e de acordo com os entendimentos com as autoridades de Tonga no porto", disse Bilton ao canal Sky News da Austrália. "Então eu não acredito que exista qualquer conexão".
O primeiro-ministro de Tonga, Siaosi Sovaleni, anunciou o fechamento das fronteiras a partir das 18H00 desta quarta-feira (2H00 de Brasília) e afirmou que a situação será examinada a cada 48 horas.
"O mais importante neste momento é desacelerar e parar aqueles que foram afetados", disse Sovaleni durante um discurso na terça-feira à noite. "Esta é a razão do nosso confinamento nacional", explicou.
Antes, o arquipélago do Pacífico havia registrado apenas um caso de covid-19, um homem que retornou da Nova Zelândia em outubro do ano passado.
A erupção do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha'apai, 65 quilômetros ao norte de Nuku'alofa, provocou um tsunami que destruiu partes do país.
* AFP