As autoridades chinesas determinaram um confinamento em Xi'an, norte da China, cidade de 13 milhões de habitantes, após o aumento de casos de covid-19. Os habitantes do local devem "permanecer em suas casas, exceto por alguma razão imperativa", afirmaram as autoridades em um comunicado.
Apenas uma pessoa por casa está autorizada a sair para fazer compras a cada dois dias. O governo alerta várias cidades sobre o surto que preocupa o país sede dos Jogos Olímpicos de Inverno 2022, em Pequim, marcado para o início de fevereiro.
A cidade, conhecida por seu exército de terracota enterrado, já havia anunciado restrições severas aos deslocamentos para conter um foco de covid-19. Nesta quarta-feira (22), Xi'an registrou 52 contágios, o que eleva o total de 143 casos desde 9 de dezembro.
Na última terça-feira (21), foi feita uma campanha de testes de covid-19 em todos os habitantes da primeira capital da China unificada. Quase 90 zonas residenciais foram confinadas no mesmo dia, mas o governo não explicou quantas pessoas eram afetadas pela medida.
A partir desta quarta, os moradores de Xi'an não poderão sair da cidade por trem sem uma carta oficial que indique que a viagem é essencial, informou a rede estatal CCTV.
Os terminais de ônibus de longa distância foram fechados e as autoridades estabeleceram postos de controle de doenças nas rodovias ao redor de Xi'an. Mais de 85% dos voos para e a partir do principal aeroporto da cidade foram suspensos, informou o sistema de controle de voos VariFlight. Dentro da cidade a capacidade dos ônibus e trens foi reduzida e as escolas foram fechadas.
A China, onde o coronavírus foi detectado pela primeira vez, praticamente eliminou os novos contágios desde meados do ano passado com uma estratégia de "zero covid", que inclui fortes restrições nas fronteiras, confinamentos específicos e quarentenas.
A cidade de Dongxing, no sul do país, ordenou na última terça-feira, que seus 200 mil habitantes permaneçam em casa após a detecção de apenas um caso.