Dezenas de milhares de pessoas se manifestaram em toda Áustria contra a vacinação obrigatória para combater a pandemia de covid-19, medida que o chanceler Alexander Schallenberg considerou uma "interferência menor" em relação a outras medidas alternativas.
A mobilização foi maior em Graz, localizada no sul do país. Neste sábado (27), a polícia da cidade anunciou que cerca de 25.000 pessoas se concentraram pacificamente para protestar contra as medidas do governo, principalmente a vacinação obrigatória. A Áustria é o primeiro membro da União Europeia (UE) a impor essa medida.
Em uma entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera, o chanceler Schallenberg declarou que seu governo foi obrigado a dar este passo com o objetivo de aumentar a taxa de vacinação da população, que é de quase 67%, uma das mais baixas na Europa ocidental.
Na segunda-feira (22), a Áustria impôs um confinamento parcial, embora as escolas permaneçam abertas, e a partir de 1º de fevereiro entrará em vigor a vacinação obrigatória.
Neste final de semana, o país comunicou que investiga dois casos suspeitos de infecção pela variante Omicron, que vem se espalhando pela Europa e preocupando autoridades de saúde no mundo inteiro.