A República Dominicana sofre um surto de peste suína africana (FSA), detectado até o momento em animais de criações domésticas de 11 das 32 províncias do país, anunciou nesta segunda-feira o Ministério da Agricultura.
"Concluído o envio de amostras para confirmação aos laboratórios de referência, tivemos 37 amostras positivas distribuídas por 11 províncias do país", informou Rafael Núñez, diretor de Saúde Animal do ministério. Ele explicou que 389 amostras colhidas principalmente em províncias do norte e centro, bem como na capital, Santo Domingo, foram enviadas aos Estados Unidos para confirmar a presença do vírus nos porcos do país caribenho.
O governo dominicano não informou quantos porcos estão infectados entre os 2,2 milhões existentes na ilha. Embora autoridades investiguem a origem do surto, elas estimam que a peste tenha se espalhado devido à criação doméstica de porcos. "Até agora, não há uma única fazenda organizada que apresente esse problema", assinalou o ministro da Agricultura, Limber Cruz.
Após a confirmação da peste, o governo dominicano começou a sacrificar os animais "criados sem nenhum registro de controle sanitário, que podem ter sido afetados" na província de Sánchez Ramírez (centro). Limber Cruz apontou que os avanços tecnológicos "permitem cercar, limpar e isolar algumas fazendas", para "manter viva" a indústria suína. O governo anunciou que irá indenizar o valor de cada porco ao preço de mercado, "para que os produtores não sejam afetados economicamente".
A carne suína e derivados produzidos na República Dominicana têm entrada proibida atualmente nos Estados Unidos, devido às restrições em vigor contra a peste suína clássica, destacou o Departamento de Agricultura americano, observando que a peste suína africana "não representa uma ameaça à saúde humana", bem como "não é um problema de segurança alimentar".
* AFP