O governo do Chile anunciou nesta quarta-feira (18) que pela primeira vez desde março de 2020 nenhuma região nem comuna precisará fazer quarentena, enquanto mais de 80% da população alvo, 15,2 milhões dos 19 milhões de habitantes do país, estão imunizados contra a covid-19.
Embora as autoridades temam uma nova onda devido à expansão da variante delta em outras partes do mundo, a decisão se baseia na queda nos números de contágios, mortos e positivos, as mais baixas desde o início da pandemia no começo do ano passado.
Nesta quarta foram registrados 503 novos casos de covid-19 e 18 mortos, o que eleva o balanço total desde o início da pandemia a 1,63 milhão de infectados e 36.456 falecidos.
Agora, o Chile está há mais de um mês com balanços sob controle e medidas sanitárias que mantêm o toque de recolher noturno, o uso de máscaras em espaços públicos e fronteiras abertas apenas para os chilenos e residentes com um sistema de acompanhamento na entrada ao país mais estrito do que no começo de 2021.
O Chile começou na semana passada a aplicar uma terceira dose de reforço - da AstraZeneca ou da Pfizer - em maiores de 55 anos, os primeiros a se imunizar desde fevereiro deste ano.
O governo contabiliza em 83,3% a população imunizada com duas doses da vacina contra o coronavírus, a maioria com o fármaco do laboratório chinês Sinovac, considerando 15,2 milhões de habitantes sem incluir crianças ou adultos jovens. O balanço se situa em 68% dos 19 milhões de habitantes do país, segundo o site da Universidade de Oxford OurWorld in Data.
O ministro da Saúde, Enrique Paris, enfatizou na segunda-feira que será mantido o toque de recolher a partir das 22h em Santiago, a região mais populosa do país, enquanto não for alcançado o percentual de 80% da população com o esquema de vacinação completo na capital.
Paris também informou que o número de casos confirmados em sete dias por 100.000 habitantes estava mostrando um decréscimo no Chile de 88%, enquanto a taxa nacional de positividade - número de positivos por 100.000 exames de PCR - caiu na terça a 1,2%, a cifra mais baixa durante a pandemia.
O Chile liderou uma das campanhas de vacinação mais amplas do mundo, a maioria com a Coronavac do Sinovac, mas também aplicou doses de Pfizer, AstraZeneca e CanSino.
* AFP