A Google anunciou nesta quarta-feira (28) que vai exigir que todos os seus funcionários que trabalham em suas instalações sejam vacinados contra covid-19, uma medida cada vez mais adotada por órgãos públicos nos Estados Unidos.
A obrigação será implementada "nas próximas semanas" nos Estados Unidos, antes de se espalhar para outras regiões do mundo "nos próximos meses", anunciou o diretor-gerente, Sundar Pichai, em comunicado, ao especificar que a medida não será aplicada nos países onde a vacina ainda não é facilmente acessível.
Em breve, a Google fornecerá detalhes sobre as exceções a essa exigência "para pessoas que não podem ser vacinadas por razões médicas ou populações específicas", disse a empresa.
Questionada pela AFP sobre essas possíveis exceções, a subsidiária da Alphabet não respondeu de imediato.
"Ser vacinado é uma das maneiras mais importantes para nós e nossas comunidades locais permanecermos saudáveis", disse Sundar Pichai.
No final de março de 2020, a Google fechou a maioria de suas instalações e pediu a seus funcionários que trabalhassem em casa. Na quarta-feira, adiou a data oficial de retorno para 18 de outubro, tendo-a inicialmente definido para 1º de setembro.
Após essa data, quase 80% dos funcionários serão obrigados a trabalhar presencialmente nas dependências da empresa por pelo menos três dias da semana. O grupo estima que cerca de 20% continuarão em casa.
De acordo com a Agência Federal para a Aplicação das Leis Contra a Discriminação no Local de Trabalho (EEOC) dos EUA, os empregadores podem exigir que seus funcionários forneçam prova de vacinação contra a covid-19, com exceções por razões médicas ou objeções religiosas.
No mês passado, o grande banco americano Morgan Stanley e o gestor de ativos BlackRock indicaram que apenas funcionários vacinados teriam acesso a suas instalações.
Também nesta quarta, o governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, anunciou que todos os profissionais de saúde em contato com a população serão obrigados a se vacinar. Assim, milhares de funcionários estaduais teriam que apresentar comprovantes de vacinação ou fazer exames semanais a partir de 6 de setembro.
No início desta semana, a Califórnia e a cidade de Nova York anunciaram que os funcionários públicos precisarão ser vacinados ou testados semanalmente.