Pelo menos 69 pessoas na área de Vancouver morreram em uma onda de calor recorde que tomou o oeste do Canadá e o noroeste dos Estados Unidos, informou a polícia nesta terça-feira (29).
A maioria dos mortos nos subúrbios de Burnaby e Surrey, em Vancouver, nas últimas 24 horas eram idosos ou pessoas com problemas de saúde subjacentes, de acordo com a Real Polícia Montada do Canadá (RCMP).
"Embora ainda esteja sendo investigado, acredita-se que o calor é um fator que contribuiu para a maioria das mortes", disse em um comunicado o cabo Michael Kalanj, da RCMP.
As mudanças climáticas estão fazendo com que temperaturas recordes se tornem mais frequentes. Globalmente, a década de 2010 a 2019 foi a mais quente já registrada, e os cinco anos mais quentes foram todos nos últimos cinco anos.
O calor escaldante que se estende de Oregon aos territórios árticos do Canadá foi atribuído a uma crista de alta pressão que retém o ar quente da região.
Na segunda-feira, o Canadá teve um novo recorde histórico de alta temperatura, com 47,9 graus Celsius registrados em Lytton, na Colúmbia Britânica, cerca de 250 quilômetros a leste de Vancouver.
Os meteorologistas esperavam um novo recorde nesta terça-feira, prevendo um calor de 48,9 graus Celsius no oeste do Canadá.
As temperaturas nas cidades de Portland, Oregon, e Seattle, Washington, no noroeste do Pacífico dos Estados Unidos, atingiram níveis nunca vistos desde o início da manutenção de registros na década de 1940: 46,1 graus Celsius em Portland e 42,2 em Seattle, segundo o Serviço Nacional de Meteorologia.
A Environment Canada emitiu alertas para a Colúmbia Britânica, Alberta e partes de Saskatchewan, Manitoba, Yukon e os Territórios do Noroeste, dizendo que a "onda de calor prolongada, perigosa e histórica persistirá durante esta semana".
O Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA emitiu um aviso semelhante, instando as pessoas a "permanecer em prédios com ar-condicionado, evitar atividades extenuantes ao ar livre, beber muita água e verificar como estão seus familiares/vizinhos".
* AFP