A Nova Zelândia suspendeu neste sábado (26), por três dias, a "bolha aérea" que permitia voos sem necessidade de quarentena entre o país e a Austrália, depois que esta última registrou vários focos de coronavírus.
O ministro neozelandês responsável pelo combate à covid-19, Chris Hipkins, declarou que a suspensão dará tempo às autoridades para adotar medidas que "tornarão esta bolha mais segura, como por exemplo a necessidade de teste de diagnóstico antes da saída para todos os voos" entre os dois países.
As autoridades de saúde australianas também anunciaram neste sábado que o confinamento decretado inicialmente para uma semana em quatro distritos de Sydney foi ampliado para toda a cidade e suas comunidades vizinhas por um período de duas semanas.
A medida afeta quase 5 milhões de habitantes e acontece após a detecção de mais de 80 casos de covid-19 relacionados com a tripulação de um voo internacional.
A Nova Zelândia já havia interrompido a "bolha área" em cinco ocasiões com estados individuais, mas esta é a primeira vez que suspende o dispositivo para toda Austrália.
Os dois países estão entre os que conseguiram controlar com mais eficiência a pandemia em seu território: a Nova Zelândia registrou 26 mortes por covid-19 em uma população de 5 milhões de pessoas. A Austrália, com 25 milhões de habitantes, teve menos de 1 mil mortos.
A "bolha aérea" foi instaurada em meados de abril, mais de um ano depois que os dois países fecharam suas fronteiras internacionais devido à pandemia.
Restrições em Sydney
O governo estadual introduziu na quarta-feira (23) um limite de cinco visitantes nas residências em Sydney. As regras mais rígidas de distanciamento social e uso de máscaras em locais fechados, incluindo locais de trabalho, voltam a valer.
O confinamento, que iria durar uma semana, foi ampliado para duas, após a propagação da variante Delta na cidade. A propagação do vírus expõe regiões com baixa taxa de vacinação a um perigo ainda maior.
Argentina restringe entradas no país
O governo da Argentina anunciou na sexta-feira (25) que vai limitar a 600 o número de cidadãos e residentes que podem entrar no país diariamente. As fronteiras ainda estão fechadas ao turismo internacional, buscando aumentar o controle sanitário e evitar a entrada da variante Delta no país.
Até então, a cota diária, que era de 2.000 passageiros, está reduzida para 600 pessoas até o dia 9 de julho.
— Pedimos à população que minimize viagens ao exterior, principalmente onde há variantes preocupantes porque geram um risco significativo à saúde — pediu a ministra da Saúde, Carla Vizzotti, em entrevista coletiva.
Até o momento, a variante Gamma — identificada inicialmente no Brasil — é a cepa predominante na Argentina, enquanto as variantes Lambda (Andina) e Alpha (Reino Unido) também circulam, segundo o Instituto Nacional de Doenças Infecciosas.