O segundo turno presidencial no Peru entre os candidatos Keiko Fujimori e Pedro Castillo foi um "processo eleitoral positivo" no qual não foram detectadas "graves irregularidades", declarou nesta sexta-feira (11) a Missão de Observação Eleitoral da Organização de Estados Americanos (OEA).
"A Missão não detectou graves irregularidades", diz o informe preliminar do grupo encabeçado pelo ex-chanceler paraguaio Rubén Ramírez, que apoia o trabalho dos órgãos eleitorais peruanos, questionados por Fujimori ao denunciar "indícios de fraude" e pedir a anulação de cerca de 200 mil votos.
"A MOE/OEA expressou que observou um processo eleitoral positivo, no qual se registraram melhoras substantivas entre o primeiro e o segundo turno", acrescenta o informe divulgado por Ramírez na TV peruana e publicado simultaneamente no site na Internet da organização continental com sede em Washington.
"A Missão destaca a coincidência de ambas as candidaturas de não se proclamar vencedores até que tenham se resolvido todas as impugnações", acrescentou o informe, divulgado cinco dias após a votação, cuja apuração avança a conta-gotas devido aos pedidos de impugnação de milhares de votos pelos dois candidatos, o que mantém o país em vigília.
Os enviados da OEA também destacaram a promessa de Fujimori e Castillo de "respeitar as garantias do processo e a institucionalidade eleitoral peruana, e de reconhecer o resultado eleitoral uma vez desafogada a fase jurisdicional da eleição".
A Missão "deu prosseguimento" à votação e à etapa pós-eleitoral e manteve reuniões com os dois candidatos, com o presidente peruano interino Francisco Sagasti, com representantes do órgão eleitoral que organiza e conta os votos (ONPE) e com o Júri Nacional de Eleições (JNE), que resolve os pedidos de impugnação e proclama o vencedor.