O Taj Mahal, ponto turístico mais visitado da Índia, reabriu nesta quarta-feira (16), graças a um recuo no número de casos de covid-19. O monumento ficou dois meses fechado, em virtude, na ocasião, do agravamento da pandemia no país.
Em Agra, no Estado de Uttar Pradesh, onde fica o mausoléu de mármore branco, alguns guias turísticos e comerciantes se diziam otimistas com a reabertura.
Neste primeiro dia de funcionamento houve poucos turistas, sobretudo, porque as autoridades limitaram para 650 o número de entradas diárias permitidas.
Em tempos normais, costuma haver multidões esperando para ver o Taj Mahal. O mausoléu foi construído entre 1631 e 1648, por desejo do imperador da dinastia mogol Shah Jahan para lembrar de sua esposa favorita que havia falecido.
O monumento funerário, que faz parte da lista do patrimônio mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), fechou em meados de abril, no início da segunda onda de coronavírus.
— Estou feliz por poder ver isso, é incrível — disse, maravilhada, Melissa Dalla Rosa, uma brasileira que vive na Índia.
Privados de renda durante meses, os guias turísticos acreditam que a atividade voltará aos poucos ao normal — algo crucial, já que o turismo é o motor econômico de Agra.
O prédio já havia sido fechado uma primeira vez em março de 2020, quando foram registrados os primeiros casos de covid-19 no país. Reabriu em setembro.
— A segunda onda passou. Se a terceira vier, vai acabar comigo — desabafou Lucky Feizan, um comerciante de 20 anos.
Há semanas, o número de casos diários de covid-19 vem diminuindo, o que levou as grandes cidades, como Nova Délhi e Mumbai, flexibilizarem suas restrições.
Nas últimas 24 horas, a Índia registrou 62.224 novos casos de covid-19. No total, o país acumula 379.573 mortes e 29,63 milhões de casos desde o início da pandemia. Especialistas estimam, no entanto, que os números reais sejam bem maiores.