Trinta pessoas foram condenadas à morte na República Democrática do Congo (RDC) por participação em atos de violência contra a polícia no final do Ramadã em Kinshasa, a capital, segundo fontes judiciais.
O veredicto foi proferido na madrugada deste sábado no julgamento realizado desde sexta-feira em Kinshasa, segundo uma gravação da qual a AFP obteve uma cópia.
Um advogado das partes civis, Chief Tshipamba, confirmou à AFP as trinta sentenças de morte.
A pena de morte não é aplicada na República Democrática do Congo desde que uma moratória foi promulgada em 2003 e é sistematicamente comutada para prisão perpétua.
Conflitos violentos estouraram na quinta-feira entre fiéis muçulmanos que disputavam o acesso ao Estádio dos Mártires, o grande recinto da capital congolesa, para organizar a oração oficial de encerramento do Ramadã.
Os manifestantes atacaram os policiais presentes no local para organizar a cerimônia. Um primeiro relatório oficial apontou a morte de um policial, cujas imagens foram amplamente divulgadas nas redes sociais.
Uma policial está entre a vida e a morte, segundo as autoridades, enquanto 46 outros agentes ficaram feridos, oito deles em estado crítico.
Cerca de 10 viaturas foram danificadas, uma das quais totalmente queimada.
Trinta e oito pessoas foram presas no local da violência e julgadas no dia seguinte no Tribunal de Gombe, no centro de Kinshasa. A audiência durou até a madrugada deste sábado.
* AFP