O embaixador palestino na Organização das Nações Unidas (ONU), Riyad Mansur, disse nesta terça-feira (18) que pediu à ONU que fizesse "um apelo urgente pelo fornecimento de assistência humanitária imediata ao povo palestino na Faixa de Gaza", durante uma coletiva de imprensa na sede da organização.
— Não podemos seguir vivendo sob este agressivo regime de apartheid. Esta ocupação tem que acabar. Precisamos de um Estado independente com Jerusalém Oriental como sua capital, onde possamos viver com dignidade e liberdade — afirmou o diplomata, que detém o posto de ministro.
A passagem da fronteira de Kerem Shalom, que estava aberta havia apenas algumas horas, foi fechada por Israel nesta terça após disparos da artilharia palestina, forçando o retorno de caminhões de ajuda internacional carregados com alimentos, remédios e combustível que se dirigiam a Gaza.
De acordo com as Nações Unidas, Israel justificou o fechamento por uma questão de segurança.
Enquanto o Conselho de Segurança realizava sua quarta reunião de emergência sobre o conflito israelense-palestino em oito dias a portas fechadas, Mansur também afirmou que era "vergonhoso" que o Conselho ainda não tivesse expressado "uma posição unificada pedindo o fim desta agressão" cometida por Israel.
— Estamos decepcionados que o Conselho de Segurança seja incapaz de se posicionar sobre a grave e preocupante situação no território — disse o embaixador da Argélia na ONU, Sofiane Mimouni, presidente do grupo árabe nas Nações Unidas, na mesma coletiva.
Nos últimos oito dias, os Estados Unidos rejeitaram três propostas de declaração da China, Noruega e Tunísia, por considerá-las "contraproducentes" para seus esforços de mediação nos bastidores.
Mansur e Mimouni afirmaram que a presença de uma dúzia de ministros é esperada na Assembleia Geral da ONU nesta quinta-feira (20) para sua sessão especial sobre o conflito no Oriente Médio.
O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, fará uma intervenção no início da reunião, indicaram.