O presidente argentino, Alberto Fernández, anunciou nesta quarta-feira (15) uma extensão da proibição de circulação noturna, a redução do horário comercial e o fechamento de escolas na região metropolitana de Buenos Aires, endurecendo as medidas para conter o avanço da covid-19.
A partir de sexta-feira (16), o toque de recolher será das 20h às 6h, e o horário comercial, das 9h às 19h. Os estudantes da capital voltarão ao ensino remoto por um período de duas semanas, informou Fernández. O país registra quase cinco vezes mais casos diários do que há um mês.
O pronunciamento foi recebido com um panelaço em alguns bairros de Buenos Aires, governada pela oposição e que foi submetida no ano passado a uma rígida e prolongada quarentena. As novas restrições se aplicam à capital e à periferia dela, locais que concentram o aumento dos contágios.
O presidente insistiu na necessidade de "ganhar tempo" para avançar no processo de vacinação e para não saturar o sistema de saúde, que se encontra à beira do colapso.
— Estamos fazendo um esforço enorme para que o processo de vacinação não seja interrompido, em um mundo que não oferece as vacinas necessárias.
A Argentina registrou nesta semana recordes diários de contágio. Nesta quarta-feira (14), foram 25.157 casos e 368 mortos pela covid-19, para um acumulado de 2,6 milhões de casos e 58.542 mortos desde o começo da pandemia.