Duas pessoas morreram neste domingo em Bangladesh em confrontos entre a polícia e manifestantes islamitas, o que eleva a 13 o número de vítimas fatais em três dias de protestos contra a visita do primeiro-ministro indiano Narendra Modi.
Os manifestantes, muitos deles membros do grupo radical islamita Hefazat-e-Islam, criticam a visita de Modi, um nacionalista hindu que acusam de estimular a violência contra os muçulmanos em seu país.
Cinco pessoas morreram na sexta-feira e seis faleceram no sábado, quando a polícia atirou contra os manifestantes em várias cidades do país de maioria muçulmana, que tem 168 milhões de habitantes.
Outras duas pessoas - um jovem de 19 anos e outro de 23 - faleceram neste domingo depois que a polícia abriu fogo em confrontos na cidade de Sarail (leste).
Os manifestantes atacaram "um posto policial da estrada, incendiaram o local e feriram pelo menos 35 agentes. A polícia abriu fogo em legítima defesa", afirmou um porta-voz das forças de segurança.
Quase 3.000 manifestantes bloquearam uma rodovia e atacaram a polícia com tijolos e pedras.
O ministro do Interior, Asaduzzaman Khan, pediu o fim dos protestos.
A visita do nacionalista indiano Modi, que chegou na sexta-feira em Dacca, foi recebida com protestos. Ele é acusado de incitar a violência antimuçulmana na Índia que provocou mil mortes no estado de Gujarat em 2002, quando ela era o governador da região.
Bangladesh celebra o aniversário de 50 anos de sua independência do Paquistão. O governo destaca os êxitos econômicos do país, ofuscados, segundo os grupos de defesa dos direitos humanos, pelas violações dos direitos.
* AFP