A variante britânica do novo coronavírus se encontrava presente pelo menos em 70 países em 25 de janeiro, dez a mais do que no balanço de 19 de janeiro - alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS), nesta quarta-feira (27).
A cepa sul-africana, outra mutação do vírus também altamente contagiosa, foi detectada em 31 países, oito a mais do que na contagem anterior, de talhou a OMS em sua revisão epidemiológica semanal.
A variante brasileira foi detectada em seis novos países, estando agora oficialmente presente em oito.
Estão sendo feitos estudos no mundo todo para averiguar o motivo pelo qual a variante britânica é tão contagiosa. Sabe-se que essa cepa é mais transmissível, mas se conhece pouco sobre seu nível de periculosidade.
Em 22 de janeiro, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou que a variante britânica também parecia ser mais letal.
Os cientistas disseram, porém, que os dados indicando que a letalidade da "variante inglesa" é entre 30% e 40% superior à dos vírus clássicos ainda são limitados.
Nesse sentido, a OMS também se mostrou prudente.
"Os resultados são preliminares, e são necessárias mais análises para corroborar essas conclusões", indicou a agência da ONU em seu boletim.
As variantes são versões diferentes do coronavírus inicial, que aparecem com o tempo, devido a várias mutações. É um fenômeno normal na vida de qualquer vírus.
Desde seu surgimento, observaram-se várias mutações do SARS-CoV-2, a grande maioria sem consequências. Algumas podem, no entanto, dar-lhe vantagens, como uma maior transmissibilidade.
* AFP