Um policial do Capitólio morreu nesta quinta-feira (7), elevando para cinco o número de mortes em decorrência da invasão do edifício sede do Congresso dos Estados Unidos, na tarde de quarta-feira (6).
O agente foi identificado como Brian Sicknick, que havia sido ferido durante confronto com o grupo de apoiadores do presidente Donald Trump que tentava impedir a confirmação do resultado da eleição que deu a vitória a Joe Biden.
O anúncio da morte de Sicknick foi feito pelo chefe da Polícia do Capitólio, Steven Sund, que afirmou ainda que está renunciando ao cargo. Ele deixará a função no dia 16 de janeiro.
O Congresso dos Estados Unidos validou, na madrugada passada, a vitória de Biden nas eleições presidenciais, último passo antes da posse dele, em 20 de janeiro. A sessão conjunta do Senado e da Câmara dos Representantes, que costuma ter caráter cerimonial, se estendeu por horas depois que republicanos apresentaram objeções, e apoiadores de Trump invadiram o local.
Membros de grupos de extrema-direita, incluindo os violentos Proud Boys, juntaram-se à multidão que se formou em Washington para torcer por Trump, enquanto ele os instava a protestar contra a contagem dos votos do Colégio Eleitoral pelo Congresso.
Membros de grupos menores de supremacia branca e neonazistas também foram vistos na multidão. O grupo incluía ainda adeptos do "Exército Groyper", uma rede de supremacistas brancos.
Trump condena invasão
Trump se manifestou após a invasão do Capitólio e admitiu pela primeira vez a derrota eleitoral. Ele condenou os atos violentos dos seus apoiadores e disse estar disposto a conduzir uma transição "suave e pacífica" para o mandato do democrata.
— Para os que se engajaram em atos de violência e destruição, vocês não representam o nosso país. E para os que desobedeceram à lei, vocês vão pagar — afirmou Trump.