O presidente norte-americano Donald Trump se manifestou pela segunda vez após a invasão ao Capitólio, que acabou com cinco mortes na quarta-feira (6). Desta vez, o chefe de Estado norte-americano, que terá de entregar o cargo para Joe Biden em 20 de janeiro, admitiu pela primeira vez a derrota eleitoral, condenou os atos violentos dos seus apoiadores e disse estar disposto a conduzir uma transição "suave e pacífica" para o mandato do democrata.
— Para os que se engajaram em atos de violência e destruição, vocês não representam o nosso país. E para os que desobedeceram à lei, vocês vão pagar — afirmou Trump.
O presidente norte-americano incitou os seus apoiadores, na quarta-feira, a marcharem até o Capitólio para pressionar os senadores a não reconhecerem o resultado da eleição presidencial. No seu pronunciamento, ele afirmou que moveu todos os instrumentos legais para contestar os resultados e que ainda acredita que isso seja necessário para que o "sistema eleitoral americano seja mais confiável", mas admitiu pela primeira vez a derrota.
— Agora o Congresso certificou os resultados, e uma nova administração vai começar no dia 20 de janeiro. Meu foco agora é assegurar uma suave e pacífica transição de poder. Meu foco é em cura e reconciliação — afirmou o presidente.
O seu pronunciamento no Twitter na noite de quarta-feira foi restrito pela plataforma e suspenso por outras redes sociais, como o Facebook, porque consideraram que havia incitação à violência. No vídeo de ontem, Trump voltava a afirmar, sem provas, que as eleições estavam fraudadas, apesar de pedir para que os manifestantes "voltassem para casa em paz".