O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anulou nesta segunda-feira (25) a proibição de seu antecessor Donald Trump para que transexuais sirvam nas forças armadas, uma decisão considerada discriminatória.
Na presença do secretário de Defesa, Lloyd Austin, e do presidente do Estado-Maior Conjunto, General Mark Milley, Biden assinou uma ordem executiva de que "todos os americanos qualificados para servir nas forças armadas dos Estados Unidos devem poder fazê-lo", informou a Casa Branca.
"O presidente Biden acredita que a identidade de gênero não deve ser um obstáculo ao serviço militar e que a força da América está em sua diversidade", acrescentou em um comunicado. A Casa Branca indicou que "uma força inclusiva é uma força mais eficaz".
— Em suma, essa é a coisa certa a fazer e é do nosso interesse nacional — disse Biden.
A medida reverte a polêmica decisão de Trump, de julho de 2017, de proibir os transexuais de servir "em qualquer cargo" nas forças armadas. Como comandante-chefe, o presidente dos Estados Unidos tem enorme liberdade para definir as políticas do Pentágono.
No final de seu mandato, o ex-presidente democrata Barack Obama, do qual Biden foi vice-presidente por oito anos, ordenou que os militares começassem a receber recrutas transexuais em 1º de julho de 2017.
Seu sucessor republicano primeiro adiou o prazo para 1º de janeiro de 2018, depois decidiu cancelar a medida por completo. De acordo com Trump, a política da era Obama foi disruptiva, cara e corroeu a prontidão militar e a camaradagem entre as tropas.
Mas na ordem de Biden revogando a proibição de Trump, a Casa Branca citou um estudo de 2016 que descobriu que "permitir que os transgêneros servissem abertamente nas forças armadas dos Estados Unidos teria um impacto mínimo na prontidão militar e no custo com cuidados médicos".
"Os membros do serviço que sejam transexuais não estarão mais sujeitos à possibilidade de serem demitidos ou separados por motivos de identidade de gênero", anunciou o comunicado da Casa Branca.