Os congressistas dos Estados Unidos aprovaram na segunda-feira (21) um plano de apoio a famílias e empresas de quase US$ 900 bilhões, considerado essencial para ajustar o rumo da maior economia mundial, fortemente atingida pela pandemia do coronavírus.
O grande apoio que o pacote de ajuda recebeu tanto no Senado como na Câmara de Representantes abre o caminho para sua ratificação pelo presidente Donald Trump.
"O povo americano pode ter certeza de que há mais ajuda a caminho, de imediato", escreveu no Twitter o líder republicano do Senado, Mitch McConnell.
Coincidindo com o forte avanço da propagação do coronavírus, que continua provocando muitas dificuldades à economia, os congressistas republicanos e democratas finalmente elaboraram um projeto de lei após meses de disputas.
O acordo será um balão de oxigênio para milhões de desempregados que temiam o fim dos auxílios após o Natal e proporcionará uma nova injeção de dinheiro nos lares mais vulneráveis.
As pequenas empresas serão beneficiadas por mais subsídios governamentais. O pacote também inclui ajudas para o aluguel e para as famílias que enfrentam a ameaça de despejo.
— É um bom acordo bipartidário — disse a presidente democrata da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi. — Mas como disse o presidente eleito, Joe Biden, é um primeiro passo. Teremos que fazer mais, mais para obter assistência para combater o vírus. Mais dinheiro para comprar vacinas — afirmou na Câmara.
Os Estados Unidos, país mais afetado do mundo pela pandemia, enfrenta uma aceleração dos casos, o que ameaça a esperada recuperação econômica. O número de casos no país superou na segunda-feira os 18 milhões. O balanço também registra mais de 319 mil mortes.
Dados recentes mostram que as vendas no varejo enfrentam uma desaceleração no período de Natal, enquanto os novos pedidos de seguro-desemprego aumentaram durante quatro das últimas cinco semanas, após meses de quedas.