O Egito revelou, neste sábado (14), uma centena de sarcófagos de mais de dois mil anos em perfeitas condições, descobertos na necrópole de Saqqara, ao sul do Cairo. Trata-se do maior "tesouro" descoberto no país desde o início do ano.
Os caixões de madeira lacrados pertenciam a altos funcionários da Baixa Idade (entre 700 e 300 anos a.C.) e do período ptolomaico (323 a 30 a.C.).
No mês passado, cerca de 60 sarcófagos intactos e com mais de 2,5 mil anos já haviam sido descobertos no mesmo local.
— Saqqara ainda não revelou tudo o que tem. É um tesouro — disse Khaled el Enani, ministro egípcio de Turismo e Antiguidades, durante a cerimônia.
O local de Saqqara, a pouco mais de quinze quilômetros ao sul das pirâmides do planalto de Gizé, abriga a necrópole de Mênfis, a capital do antigo Egito. A região é reconhecida como Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
Os 100 sarcófagos anunciados neste sábado foram descobertos em três sepulturas de 12 metros de profundidade. Os arqueólogos abriram um dos caixões em que repousava uma múmia envolta em um sudário adornado com hieróglifos coloridos. Mais de 40 estátuas de antigas divindades e máscaras funerárias também foram encontradas, segundo o ministro.
As peças serão distribuídas para vários museus egípcios, incluindo uma nova unidade que será inaugurado nos arredores do Cairo. De acordo com Enani, essas descobertas recentes são resultado de um crescente trabalho de escavação nos últimos anos.
Outra descoberta ocorrida na necrópole deve ser anunciada nas próximas semanas, acrescentou.