As autoridades bielorrussas anunciaram nesta segunda-feira (16) que mais de 700 pessoas foram presas após a manifestação da oposição ocorrida no dia anterior, com objetivo de pressionar o presidente Alexander Lukashenko a renunciar.
"No total, são mais de 700 pessoas", anunciou a porta-voz do Ministério do Interior, Olga Chemodánova, em um comunicado.
De acordo com a organização bielorrussa dos direitos humanos Viasna, ao menos 1.200 pessoas foram presas durante a manifestação de domingo, que foi rapidamente dispersada pela polícia, que fez uso de gás lacrimogêneo e granadas.
Nesta segunda-feira, a opositora Svetlana Tikhanovskaya afirmou ter se encontrado com os embaixadores da União Europeia e pediu novas sanções econômicas contra as empresas públicas bielorrussas.
A UE sancionou Alexander Lukashenko, seu filho Viktor e dezenas de membros de seu entorno. Após a morte de um opositor durante sua prisão, houve a ameaça de novas sanções.
Desde o início dos protestos, milhares de pessoas foram presas e pelo menos quatro morreram.
Apoiado por Moscou, Lukashenko, de 66 anos e no poder desde 1994, recusa-se a sair e evoca algumas reformas constitucionais para acalmar a população, como a "transferência de 70% ou 80% do poder do presidente para o Parlamento, ao governo ou a outras estruturas", ressaltou nesta segunda-feira.
* AFP