A China anunciou, nesta segunda-feira (12), testes massivos de coronavírus em uma cidade portuária de 9 milhões de habitantes, após detectar um pequeno surto.
Em Qingdao, no nordeste da China, com 9,4 milhões de habitantes, seis casos de covid-19 foram confirmados no domingo (11), levando as autoridades a anunciar os primeiros testes em massa em meses.
Ao contrário de muitas partes do mundo, onde ainda há confinamentos e um elevado número de casos, o vírus está amplamente sob controle na China, onde apareceu pela primeira vez em dezembro do ano passado.
Os testes serão conduzidos em cinco distritos "dentro de três dias" e em toda a cidade "dentro de cinco dias", disse, em comunicado, a comissão municipal de saúde de Qingdao, embora não tenha fornecido um número preciso de quantas pessoas serão testadas.
A China tem grande capacidade para fazer testes rápidos e, ao meio-dia desta segunda (no horário chinês), a comissão de saúde disse que mais de 277 mil pessoas já haviam sido examinadas em Qingdao, com nove resultados positivos.
Em junho, grandes áreas de Pequim foram submetidas a testes massivos depois que a cidade de mais de 20 milhões de pessoas detectou casos ligados a um mercado de alimentos. Na semana passada, centenas de milhões de chineses viajaram pelo país por ocasião do feriado Golden Week. A economia chinesa voltou a crescer graças aos testes rápidos e aos confinamentos que conseguiram conter a segunda onda do vírus.
Preocupação no Reino Unido, França e Espanha
Em outras partes do mundo, o panorama é muito diferente. No Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson revelará nesta segunda (12) um sistema de três níveis e espera-se que a cidade de Liverpool seja a única classificada no nível máximo. Como os governos de toda a Europa, o gabinete conservador de Johnson busca reduzir o número de infecções, mas ao mesmo tempo manter a atividade econômica.
O novo sistema de alerta, com zonas de risco "médio", "alto" e "muito alto", é uma tentativa de trazer transparência e uniformidade às restrições.
— Esta é uma conjuntura crítica e é absolutamente vital que todos sigam os conselhos claros que estabelecemos para ajudar a conter o vírus — disse um porta-voz de Downing Street.
O número de mortos por coronavírus no Reino Unido é de mais de 42 mil, o pior balanço da Europa. Globalmente, mais de 37 milhões de pessoas foram infectadas e pelo menos 1,07 milhões morreram.
Na França, as autoridades poderiam impor novos confinamentos para evitar a saturação dos serviços de saúde.
— Se nas próximas duas semanas notarmos que os indicadores da epidemia pioraram, se os leitos de terapia intensiva forem ocupados mais do que esperamos, tomaremos medidas adicionais — alertou o primeiro-ministro Jean Castex à rádio France Info nesta segunda-feira.
Na Espanha, duas regiões do norte, Catalunha e Navarra, anunciaram no domingo (11) novas medidas para conter os contágios, enquanto Madri, a capital, é uma das cidades europeias com maior incidência da covid-19.
Por sua vez, a América Latina, região mais afetada pela pandemia no mundo, superou no sábado (10) 10 milhões de casos de coronavírus e o Brasil ultrapassou 150 mil mortes.