Especialistas internacionais começaram a avaliar os riscos ambientais após a extinção do incêndio declarado na última quinta-feira a bordo do petroleiro "New Diamond" na costa do Sri Lanka, informou neste domingo (6) o Centro de Gerenciamento de Desastres.
O chefe da Marinha do Sri Lanka, Nishantha Ulugetenna, declarou que o incêndio no petroleiro, que transportava cerca de 270.000 toneladas de petróleo bruto e 1.700 toneladas de diesel, foi "completamente" extinto.
O "New Diamond", navio de bandeira panamenha, transportava a carga do Kuwait para o porto indiano de Paradip quando emitiu um sinal de socorro na quinta-feira após uma explosão na sala de máquinas que causou a morte de um tripulante filipino.
A Marinha do Sri Lanka e a Guarda Costeira indiana conseguiram controlar o fogo na sexta-feira, evitando que as chamas se propagassem para a carga inflamável.
"Dez britânicos e holandeses, especialistas em operações de socorro e resgate, avaliação de desastres e questões legais relacionadas ao assunto chegaram ao navio" para a expertise, segundo a Marinha do Sri Lanka.
A empresa holandesa Smit Salvage despachou os especialistas e também dois rebocadores de Singapura e Maurício, acrescentou.
A Guarda Costeira da Índia, que mobilizou vários navios, um avião e um helicóptero no local do incidente, acrescentou neste domingo que uma embarcação especializada no controle de poluição chegou à área, no Oceano Índico.
Os navios de resgate continuavam neste domingo extinguindo o fogo com água em alta pressão, enquanto uma enorme coluna de fumaça escapava do navio.
O barco de 330 metros de comprimento foi rebocado para águas mais profundas no sábado, a cerca de 75 quilômetros da costa.
O petroleiro sofreu uma fissura no casco cerca de 10 metros acima da linha de água devido ao intenso calor provocado pelo incêndio, segundo as autoridades.
Existe o medo de um desastre ambiental se ocorrer um vazamento de petróleo. Mas as autoridades acrescentaram que até o momento não há maré negra e que a rachadura no casco não é considerada catastrófica do ponto de vista estrutural do navio.
A Agência de Proteção Ambiental do Sri Lanka disse que uma ação legal poderia ser movida contra o proprietário do petroleiro, Porto Emporios Shipping, uma empresa registrada na Libéria, "se o pior acontecer e o navio naufragar".
Este petroleiro é maior que o japonês "MV Wakashio", que encalhou em um recife nas Ilhas Maurício em julho passado, derramando mais de 1.000 toneladas de petróleo bruto nas águas cristalinas da ilha turística.
* AFP