A Polônia anunciou nesta quinta-feira (17) que vai pedir à União Europeia (UE) a criação de um fundo para Belarus de cerca de 1 bilhão de euros (US$ 1,18 bilhão), com o objetivo de contribuir para a estabilidade do país.
Após a eleição presidencial, Belarus se tornou palco de grandes manifestações.
A proposta polonesa funciona como um contrapeso à que foi feita pelo presidente russo, Vladimir Putin, principal aliado do presidente bielo-russo, Alexander Lukashenko, a quem prometeu um empréstimo de US$ 1,5 bilhão.
O fundo proposto pela Polônia será apresentado à UE em setembro e "deve ser significativo, de pelo menos 1 bilhão de euros", disse o primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, em uma coletiva de imprensa com seu homólogo lituano, em Vilnius.
Outros membros da UE, como República Tcheca, Eslováquia, Hungria e Lituânia, aprovam a ideia, segundo o premiê polonês. Morawiecki também sugeriu que o Fundo Monetário Internacional (FMI) possa participar do fundo.
A principal líder da oposição bielo-russa, Svetlana Tikhanovskaya, proclamada vencedora da eleição de 9 de agosto, acusa o governo de fraude nas urnas.
Ela afirma que seu país está "à beira do abismo", já que as empresas privadas consideram se transferir para os países vizinhos.
Após a publicação dos resultados eleitorais, esta ex-república soviética é palco de manifestações em massa, que pedem a saída de Lukashenko. Ele está no poder desde 1994.
* AFP