A Rússia registrou 2.712 mortos que deram positivo para o coronavírus em abril, o que representa mais que o dobro do número anterior, depois de uma mudança no método estatístico de recontagem, informou neste sábado (13) a agência pública Rosstat.
Os dados oficiais indicavam até agora 1.152 mortes de COVID-19 em abril. As autoridades haviam especificado que esse saldo incluía apenas aqueles que haviam morrido pela causa direta do coronavírus.
O ministério da Saúde russo anunciou no final de maio que esse método iria mudar, seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que pede que os países também levem em consideração as causas anexas ou os casos suspeitos.
Rosstat, portanto, afirmou que, em abril, a COVID-19 foi a principal causa de morte em 1.270 casos e que em 435 outros casos o vírus teve uma "influência significativa" na morte do paciente.
Em 390 casos, suspeita-se que o coronavírus seja a principal causa de morte, embora não tenha sido confirmado por meio de teste, segundo Rosstat.
Finalmente, a agência incluiu 617 outros pacientes que foram diagnosticados com o coronavírus e que morreram em abril.
A Rússia registrou neste sábado 8.706 novas infecções, um número alto e estável por mais de três semanas, elevando o total para 520.129 casos.
Até agora, a Rússia explicou seus números modestos de mortes, em comparação com os países ocidentais, porque contabilizava apenas as mortes diretas por COVID-19, com base na necrópsia.
Já outros países contam praticamente todos os mortos que deram positivo para a doença.
Segundo a vice-primeira-ministra, Tatiana Golikova, a publicação das taxas de mortalidade em abril também foi adiada pelas necrópsias realizadas nas regiões russas.
* AFP