A pandemia de covid-19, relatada pela primeira vez há seis meses na China, está longe de ter terminado e "inclusive está acelerando", alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta segunda-feira (29).
— Todos queremos que isso termine. Todos queremos seguir com nossas vidas. Mas a dura realidade é que estamos longe do fim. Amanhã, seis meses terão se passado desde que a OMS recebeu os primeiros relatos sobre um grupo de casos de pneumonia de origem desconhecida na China. Há seis meses, nenhum de nós imaginaria como nosso mundo e nossas vidas seriam prejudicados — disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma coletiva de imprensa virtual.
Desde que a China anunciou oficialmente, em dezembro, a aparição da doença, o coronavírus provocou a morte de mais de 500 mil pessoas no mundo e mais de 10 milhões de casos foram registrados, dos quais quase metade é considerada recuperada.
— Já perdemos muitas coisas, mas não podemos perder a esperança — enfatizou.
O chefe da OMS observou que uma vacina será uma "ferramenta importante" para controlar o vírus a longo prazo, mas pediu aos governos que "façam testes, rastreamentos, isolem e coloquem os casos em quarentena" e à população que respeite as medidas de higiene, use máscara quando necessário e respeite as regras de distância física.