O mundo ultrapassou a marca de 400 mil mortes e mais de sete milhões de casos de coronavírus. Epicentro da pandemia há duas semanas, a América Latina registra quase 1,3 milhão de casos de contágio e mais de 64 mil óbitos.
Neste domingo (7), o Papa Francisco fez uma referência ao número de mortes provocadas pelo coronavírus no Brasil, durante a cerimônia do ângelus, tradicional oração católica em louvor à Virgem Maria e ao momento da concepção de Jesus.
Dirigindo-se a centenas de pessoas que recebiam a bênção na praça São Pedro, Francisco apontou que a covid-19 continua fazendo muitas vítimas, "especialmente na América Latina".
No Brasil, o terceiro país com mais mortes no mundo, o Ministério da Saúde apresentou dados contraditórios em balanço divulgado neste domingo. A pasta não informou se os novos números resultaram de uma correção de cifras anteriores ou explicou a diferença entre eles.
A situação de outros países
País com maior número de mortes no mundo, os Estados Unidos somavam neste domingo mais de 110 mil óbitos e quase 2 milhões de casos. Apesar disso, o presidente americano, Donald Trump, diz que a economia está se recuperando e insiste em flexibilizar o confinamento.
O México, com mais de 13.500 mortes e 117 mil infecções, está no pico de disseminação e mortalidade. Apesar disso, o governo iniciou a reabertura econômica e social. No Chile, uma revisão nos números adicionou 653 óbitos ao balanço total, que superou as 2 mil mortes.
Na Bolívia, a região produtora de coca do Trópico de Cochabamba, área de influência do ex-presidente Evo Morales, foi posta em isolamento pelo governo interino do país, depois de terem sido registrados 300 casos e conhecidos informes de que pessoas falecidas foram sepultadas sem o acompanhamento dos protocolos, aumentando os riscos de contágio. O país soma 13.358 contágios e 454 óbitos.
Temendo uma maior disseminação do vírus, a Venezuela anunciou que reduzirá o fluxo de migrantes autorizados a retornarem para o país através de uma passagem da fronteira com a Colômbia, a partir de segunda-feira (8).
Enquanto isso, na Europa
Procurando emergir do colapso econômico causado por semanas de restrições e de confinamentos para conter a propagação do vírus, os países europeus continuam a política de reabertura.
Em razão da desaceleração das infecções e a queda no número de mortes, a Europa seguirá, nesta semana, com a reativação do comércio e indústria e com a reabertura de atividades sociais.
A Espanha continua com o processo de desconfinamento por fases, com a passagem de Madri e Barcelona para a segunda e penúltima etapa. Nela, está autorizada a abertura de praias para banhos de sol e das áreas internas dos restaurantes. Com mais de 40 mil mortes, o Reino Unido anunciou a reabertura dos locais de culto para a oração individual, a partir de 15 de junho.
Neste fim de semana, locais emblemáticos como o Palácio de Versalhes, nos arredores de Paris, ou os grandes museus de Madri, como o Prado, voltaram a receber público.