Cerca de 400 mil moradores de Nova York devem voltar ao trabalho nesta segunda-feira (8), o primeiro dia da reabertura da maior cidade dos Estados Unidos após três meses de restrições para conter a propagação do coronavírus.
A retomada das atividades na construção civil, assim como em fábricas e lojas de varejo, é o primeiro passo em direção ao retorno à normalidade.
Autoridades estaduais e municipais disseram estar otimistas depois que a capacidade de testagem aumentou e o número de novos casos de covid-19 caiu pela metade nos últimos dias — a cifra atual gira em torno de 500 infecções diárias.
Grande parte do Estado de Nova York já passou para a segunda fase do plano de retomada, mas, devido, entre outros aspectos, aos protestos antirracismo que levaram milhares de pessoas às ruas, algumas autoridades de saúde consideram a reabertura da cidade um pouco precipitada.
País com maior número de mortos pela pandemia, os Estados Unidos surpreenderam o mundo com a criação de 2,5 milhões de vagas de trabalho em maio. Assim, a taxa de desemprego caiu de 14,7% para 13,3% no mês passado, enquanto projeções sinalizavam que o indicador poderia alcançar 20%.
Especialistas atribuem o resultado ao robusto plano de injeção de dinheiro na economia americana. O governo do presidente Donald Trump, que chegou a minimizar o impacto da covid-19, costurou com o Congresso um pacote superior a US$ 2 trilhões em medidas de estímulo a empresas e consumidores. Parte dos recursos foi direcionada para empréstimos a pequenos e médios negócios.