A Rússia registrou nesta sexta-feira (29) 232 mortes provocadas por COVID-19 em 24 horas, um novo recorde diário de óbitos, apesar dos dados epidemiológicos estáveis em seu conjunto.
O recorde anterior era de 26 de maio, com 174 mortes. As autoridades anunciaram que esperavam um aumento da mortalidade porque muitos pacientes, mantidos com vida graças aos respiradores há várias semanas, tinham poucas possibilidades de recuperação.
A Rússia registra 4.374 mortes provocadas pelo novo coronavírus, um nível reduzido em comparação aos registrados na Europa ocidental, Estados Unidos ou Brasil.
De acordo com os dados publicados nesta sexta-feira, a epidemia parece estabilizada, com 8.572 pessoas com diagnóstico positivo para COVID-19 em 24 horas, nível mantido há 10 dias.
Desde o início da pandemia foram registrados 387.623 casos positivos na Rússia, com mais de 10 milhões de testes realizados.
O número de "casos ativos", ou seja de pessoas consideradas enfermas - ainda com poucos o nenhum sintoma -, permanece em 224.000 desde a semana passada.
Moscou, principal foco da epidemia na Rússia, pretende suspender parcialmente o confinamento no dia 1 de junho. A capital registra oficialmente 636 mortes diretamente por COVID-19, embora outras 736 pessoas com coronavírus faleceram, mas em consequência de outras doenças. Em 300 casos a COVID-19 "teve uma influência importante na enfermidade principal e suas complicações mortais", segundo o Departamento de Saúde de Moscou.
* AFP