As autoridades de Bangladesh detectaram os dois primeiros casos do novo coronavírus em um grande campo de refugiados rohingyas (muçulmanos) que abriga quase um milhão de pessoas, informaram fontes oficiais nesta quinta-feira.
Um dos infectados é um refugiado, o outro é um bengali que mora perto do campo, disse um porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os dois homens já foram isolados, disse o coordenador local de saúde Abu Toha Bhuiyan.
As autoridades de Bangladesh reforçaram as medidas de prevenção e multiplicarão os testes, disse ele.
Os especialistas alertam há meses que o vírus pode se espalhar como um incêndio nesses campos lotados, localizados no sul de um país pobre e sem recursos sanitários.
Os rohingya são uma minoria muçulmana perseguida em Mianmar.
Desde o início de abril, essa imensa área, conhecida como Cox's Bazaar, foi isolada do mundo sob rigoroso confinamento.
O governo de Bangladesh forçou as organizações não-governamentais a remover 80% de seu pessoal da área.
Bangladesh registra oficialmente 19.000 casos de COVID-19, dos quais 283 morreram.
* AFP