Manifestantes incendiaram na quinta-feira (28) à noite uma delegacia em Minneapolis, nos Estados Unidos, na terceira noite de protestos pelo assassinato de um homem negro por um policial.
Milhares de pessoas testemunharam o incêndio, na zona norte da cidade, depois que algumas delas derrubaram as barreiras que protegiam o edifício e quebraram as janelas. Os policiais que trabalhavam na delegacia deixaram o local antes do fogo, pouco depois das 22h, segundo um comunicado da força de segurança.
Após os saques e de lojas terem sido incendiadas, as autoridades estaduais alertaram que não tolerariam mais excessos, garantindo ao mesmo tempo que o caso está sendo investigado.
O governador do Estado de Minnesota assinou um decreto autorizando a intervenção da Guarda Nacional e o envio de 200 policiais e helicópteros estaduais.
"A morte de George Floyd deve trazer justiça e reformas fundamentais, sem mais mortes e destruição", expressou o governador Tim Walz em comunicado, enquanto mais protestos são esperados.
O caso
Um vídeo gravado por um pedestre mostra George Floyd, 46 anos, algemado, com dificuldades para respirar, com um policial colocando um joelho em seu pescoço depois de prendê-lo por supostamente usar uma nota falsificada de 20 dólares.
Enquanto estava imobilizado, o homem chega a dizer: "Eu não consigo respirar". Depois de vários minutos com o joelho do policial em seu pescoço, Floyd fica imóvel e é transferido para o hospital, onde foi declarada sua morte.
A Casa Branca informou que o presidente Donald Trump estava "muito preocupado" depois de ver as imagens "atrozes e espantosas" do assassinato e que ele exigiu que a investigação recebesse a máxima prioridade.
Os quatro policiais envolvidos foram demitidos e as autoridades locais e federais estão investigando o caso. Mas ainda não foram apresentadas acusações, alimentando raiva e frustração.