Criadores de duas províncias da China vão receber recompensa financeira se abandonarem a criação de animais selvagens destinados à alimentação. A prática vem fazendo com que o país seja muito criticado em meio à pandemia de coronavírus.
Segundo a maioria dos cientistas, a pandemia se originou na transmissão de um vírus do animal ao homem. Um mercado da cidade chinesa de Wuhan, inicialmente o epicentro da doença, foi incriminado já que lá se vendiam animais selvagens. A China havia proibido formalmente no final de fevereiro o consumo e comércio de animais selvagens.
Na sexta-feira (15), a província central de Hunan apresentou as normas de um programa para acompanhar a transferência de criadores de animais selvagens para outras atividades, como gado clássico, cultivo de frutas e verduras, de chá ou de plantas medicinais. O plano prevê indenização financeira de acordo com o peso dos animais, que serão comprados a um preço definido.
Por exemplo, o preço da cobra foi fixado a 120 yuanes o quilo (US$ 16,5o), e o do rato de bambu a 75 yuanes o quilo (US$ 10,50), segundo as normas das autoridades citadas pela imprensa oficial. A província vizinha de Jiangxi anunciou a criação de um fundo de apoio para colocar um fim na criação de animais selvagens destinados à alimentação.
Segundo a associação americana Humane Society International (HSI) que trabalha a favor da proteção de animais, o comércio de animais selvagens é estimado na China em 520 bilhões de yuanes (US$ 73 bilhões).