O Reino Unido deve anunciar nesta quinta-feira (16) uma ampliação do confinamento em vigor desde 23 de março para limitar a propagação do coronavírus, que já matou quase 13 mil pessoas no país.
— É muito cedo para uma mudança — disse o ministro da Saúde, Matt Hancock, à BBC nesta quinta-feira. — Apesar de observarmos o achatamento da curva do número de mortes e de contágios, ainda não está em queda e penso que ainda está alta — completou.
O governo britânico se reunirá nesta quinta, sob o comando do ministro das Relações Exteriores, Dominic Raab, que substitui o primeiro-ministro Boris Johnson, que se recupera após vários dias de hospitalização pelo coronavírus.
O Reino Unido é um dos países da Europa mais afetados pela pandemia e registrou até o momento 12.868 mortes em hospitais. O balanço oficial não considera os falecimentos em casas de repouso.
Entre as vítimas fatais estavam 27 pessoas que trabalhavam para o Serviço Nacional de Saúde (NHS), segundo Hancock. Um dos casos mais trágicos foi o de uma enfermeira de 28 anos grávida. Ela faleceu, mas a equipe médica conseguiu salvar o o bebê.
A oposição trabalhista quer uma prorrogação do confinamento para frear a epidemia, mas exige explicações do governo sobre a maneira de lutar contra a covid-19. Jonathan Ashworth, secretário de Saúde do Partido Trabalhista, considera razoável uma ampliação de três semanas do confinamento.
— Esperamos que seja prolongado, apoiamos a medida, mas queremos mais detalhes do governo sobre o que vai acontecer depois — disse Ashworth à BBC.