A China ameaçou nesta terça-feira adotar medidas de represálias à decisão do governo americano de reduzir o número de jornalistas chineses credenciados nos Estados Unidos.
"O primeiro a romper as regras do jogo foi o governo dos Estados Unidos, a China só pode responder", declarou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, uma semana depois da expulsão de três jornalistas do Wall Street Journal.
"Com sua mentalidade de Guerra Fria e seu viés ideológico, o Departamento de Estado americano recorre a argumentos infundados para oprimir politicamente os meios de comunicação chineses presentes nos Estados Unidos", completou o porta-voz.
"A China se reserva o direito de adotar medidas adicionais", declarou, sem revelar detalhes.
Na segunda-feira, o governo americano anunciou que o número de funcionários chineses de cinco meios de comunicação deste país implantados nos Estados Unidos deve cair de 160 para 100 pessoas a partir de 13 de março.
Os cinco meios de comunicação chineses afetados pela decisão americana são a agência Xinhua, o canal de televisão CGTN, a Rádio China Internacional e os jornais China Daily e Diário do Povo.
Ao anunciar a medida, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, disse que era uma maneira de "restabelecer a igualdade" entre os países após a expulsão dos jornalistas do Wall Street Journal.
* AFP