O Paquistão não é mais um santuário para extremistas, afirmou nesta segunda-feira seu primeiro-ministro Imran Khan, acrescentando que Islamabad apoia totalmente o processo de paz no Afeganistão.
"Posso dizer que não há santuário aqui", disse Khan durante uma conferência sobre refugiados afegãos no Paquistão desde a invasão soviética em 1979.
"Qualquer que seja a situação no passado, hoje posso dizer (...) Se há uma coisa que queremos é paz no Afeganistão", continuou.
Cabul e Washington acusam frequentemente o Paquistão de hospedar e apoiar grupos insurgentes ativos no Afeganistão, especialmente nas zonas tribais paquistanesas na fronteira com este país, algo que Islamabad rejeita.
Khan fez esses comentários depois que o segundo vice-presidente afegão, Sarwar Danish, presente na mesma conferência, disse que, "infelizmente, grupos insurgentes recrutaram combatentes entre refugiados afegãos no Paquistão".
"E usaram esses campos como abrigos e campos de treinamento (...) contra o legítimo governo afegão".
Embora o Paquistão não possa "garantir totalmente" que nenhum talibã está escondido entre os refugiados presentes em seu território, faz todo o possível para impedir ataques no Afeganistão, especialmente com a construção de uma cerca militarizada entre os dois países, disse Khan.
Estados Unidos e Talibã acordaram uma trégua, a fim de incentivar as discussões para a retirada das tropas americanas no Afeganistão em troca de garantias de segurança.
Esse acordo também deve levar à próxima etapa das negociações, que desta vez seria entre o Talibã e o governo de Cabul, para alcançar um acordo de paz abrangente.
* AFP