A polícia alemã informou neste domingo (26) que técnicos em explosivos desativaram sete bombas da Segunda Guerra Mundial encontradas em um terreno onde funcionará a fábrica da montadora americana Tesla, nas proximidades de Berlim.
Segundo fontes, as bombas eram de pequeno porte e tinham sido lançadas pela aviação norte-americana durante a última grande guerra.
Quase 75 anos depois, a Alemanha está repleta de bombas que não explodiram e que acabaram sendo enterradas durante obras posteriores à guerra.
Pioneira em carros elétricos, a Tesla decidiu na última semana comprar 300 hectares de terreno em Gruenheide, no leste de Berlim, por 40,9 milhões de euros. Essa será a primeira fábrica gigante da empresa norte-americana na Europa. Para 2021, a Tesla espera produzir 500 mil unidades por ano.
Ainda que autoridades locais e os moradores tenham se mostrado favoráveis à construção da fábrica por causa da criação de milhares de empregos na região, o projeto gerou polêmica pela instalação em uma zona arborizada.
Os críticos alegam que o desmatamento previsto afetará a fauna e a flora local e poderia representar um perigo ao abastecimento de água potável na região. Dezenas de pessoas manifestaram-se nas últimas semanas contra a chegada da Tesla.
O presidente da empresa, Elon Musk, respondeu às críticas no último sábado em seu Twitter: "Parece que temos que explicar algumas coisas!", tuitou o bilionário.
Sobre o consumo de água, que segundo os críticos à construção da fábrica chegará a 300 metros cúbicos por hora, Musk respondeu que será algo pontual e "não todo esse tempo".
O empresário acrescentou que o bosque não é natural, mas sim uma área de reflorestada. "Plantaram árvores para fazer carvão e só utilizaremos uma pequena parte", para a fábrica, ressaltou.