O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Mike Pompeo, tenta nesta quarta-feira (22) na Jamaica fortalecer a influência dos Estados Unidos no Caribe, uma região que nos últimos anos esteve muito ligada à Venezuela do falecido Hugo Chávez e seu sucessor, Nicolás Maduro.
A Jamaica é a última parada de uma visita de Pompeo à América Latina e ao Caribe, que o levou na segunda-feira à Colômbia e terça-feira à Costa Rica, e foi marcada pela crise venezuelana, exacerbada depois que Maduro assumiu um ano atrás um segundo mandato após uma reeleição muito questionada.
As nações do Caribe se beneficiam há anos de generosos subsídios ao petróleo por parte do governo chavista por meio da aliança energética da Petrocaribe, cujas contribuições caíram em meio ao desastre econômico venezuelano e à aproximação de alguns países dos Estados Unidos.
Pompeo chega à Jamaica em um momentos em que o apoio dos países caribenhos é importante para renovar o mandato de Luis Almagro, férreo opositor de Maduro, como secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), uma candidatura que Washington impulsiona ativamente.
Almagro "demonstrou habilidade ao devolver estabilidade financeira à instituição e ao colocar a instituição em um lugar muito importante para todos os membros da OEA", disse Pompeo em coletiva de imprensa após se reunir com o primeiro-ministro jamaicano, Andrew Holness.
Em Kingston,Pompeo participará em uma mesa redonda com os ministros das Relações Exteriores da Jamaica, Bahamas, Belize, Haiti, República Dominicana, São Cristóvão e Nevis e Santa Lúcia.
"Queremos convidar todos a serem parte da zona de segurança econômica e de prosperidade que é essa região", afirmou o secretário de Estado.
Um alto diplomata americano disse a jornalistas que na reunião Pompeo "enfatizará nosso apoio à democracia, aos direitos humanos, o desenvolvimento e a cooperação em segurança".
* AFP