Sydney enfrenta uma emergência sanitária devido à fumaça tóxica dos incêndios que envolve a maior cidade da Austrália há semanas, alertaram nesta segunda-feira (16) organizações médicas. Centenas de incêndios florestais, notadamente ligados às mudanças climáticas, devastam o país desde setembro.
Mais de 20 organizações médicas profissionais, incluindo o Royal Australasian College of Physicians — que reúne 25 mil médicos e estagiários — divulgaram um comunicado conjunto nesta segunda-feira pedindo ao governo que lide com essa poluição atmosférica tóxica.
"A poluição do ar em Nova Gales do Sul é uma emergência de saúde pública", afirmou a Aliança para o Clima e a Saúde. "A fumaça dos incêndios causa poluição do ar até onze vezes superior ao nível estimado como 'perigoso' em partes de Sydney e Nova Gales do Sul", afirmou o comunicado.
Os serviços de saúde do estado registraram um aumento de 48% no número de pessoas atendidas por problemas respiratórios na semana que terminou em 11 de dezembro, em comparação com a média de cinco anos.
Na madrugada desta segunda-feira (16), 20 casas foram destruídas por um contra-incêndio iniciado por bombeiros para combater as chamas em Nova Gales do Sul, onde 100 incêndios continuam ativos em uma área de 400 mil hectares perto de Sydney.
Os incêndios ocorrem todos os anos durante a primavera e o verão. Mas este ano, a temporada de incêndios tem sido particularmente precoce e violenta. Seis pessoas já morreram, enquanto 700 casas e pelo menos três milhões de hectares foram destruídos.