A Boeing transmitiu ao Comitê de Transporte do Congresso americano novos documentos que "parecem mostrar uma imagem muito preocupante" da resposta da companhia aeronáutica para os problemas de segurança de seu modelo 737 MAX – declarou um conselheiro do Congresso nesta terça-feira (24).
A empresa enviou os documentos "tarde da noite de segunda-feira", horas depois de ter anunciado a demissão imediata de seu CEO, Dennis Muilenburg, informou o assistente deste comitê que investiga o 737 MAX.
Este modelo está suspenso de voar desde 13 de março, após protagonizar dois acidentes letais. O assistente não especificou, porém, se os papéis tratam da situação antes, ou depois, das tragédias da Lion Air e da Ethiopian Airlines, ocorridas no final de outubro de 2018 e em 10 de março, respectivamente.
Segundo a mesma fonte, a Boeing entregou estes documentos, por sua própria decisão, cujo conteúdo exato não foi revelado.
— O pessoal continua examinando estes documentos, mas, assim como com outros informes divulgados pela Boeing anteriormente, parecem mostrar uma imagem muito preocupante em relação a duas das preocupações manifestas pelos funcionários da Boeing: sobre o compromisso da empresa com a segurança e sobre os esforços de alguns funcionários para se assegurar de que os projetos de produção da Boeing não se vejam prejudicados pelos reguladores, ou por outros — explicou a fonte.
As diferentes investigações feitas pelas autoridades da aviação na Indonésia, onde caiu a aeronave da Lion Air, ou na Etiópia, local do acidente da Ethiopian Airlines, apontaram o sistema de estabilização MCAS do 737 MAX como responsável.