A China anunciou nesta segunda-feira (2) a suspensão imediata das escalas de recuperação dos navios de guerra dos Estados Unidos em Hong Kong e informou que vai estabelecer sanções contra várias ONGs americanas. As medidas foram adotadas como resposta à aprovação de uma lei em Washington que apoia as manifestações pró-democracia que abalam o território semiautônomo chinês há seis meses.
Na semana passada, o regime comunista anunciou que adotaria medidas de represália depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, promulgou a lei sobre os direitos humanos e a democracia em Hong Kong. Pequim considera o texto uma interferência nos assuntos internos do país.
Como resposta, o governo decidiu "suspender as demandas de visita de recuperação dos navios de guerra americanos, a partir de hoje", afirmou a porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Hua Chunying. Navios militares americanos atracam regularmente em Hong Kong, em visitas que permitem aos marines um período de recuperação na ex-colônia britânica.
A China já havia bloqueado duas visitas de embarcações americanas em agosto, de acordo com a Marinha dos Estados Unidos. Uma visita da 'US Navy' aconteceu em abril, antes do início dos protestos (em junho) em Hong Kong.
O governo chinês afirmou ainda que pretende impor "sanções às ONGs que se comportaram mal" em Hong Kong, sobretudo associações ativas no âmbito dos direitos humanos: a porta-voz da diplomacia citou National Endowment for Democracy, National Democratic Institute for International Affairs, International Republican Institute, Human Rights Watch e Freedom House, mas não explicou em que consistem as sanções.