Os protestos que abalam o Chile desde sexta-feira (18) resultaram em 41 estações de metrô depredadas e 308 pessoas detidas. A informação foi dada neste sábado (19) pelo general Javier Iturriaga, chefe da Defesa Nacional do governo do presidente chileno Sebastian Piñera, conforme o jornal chileno La Nación.
As manifestações que sacodem a capital chilena, Santiago, são contra o aumento das tarifas do metrô, 800 (cerca de US$ 1) para 830 pesos (cerca de US$ 1,2) por viagem. Os manifestantes, em sua maioria estudantes, depredaram diversas estações do serviço de transporte metropolitano e bloquearam a circulação de trens nos horários de pico. Os grupos derrubaram portões das estações, destruíram catracas e passaram pelos controles de acesso para protestar.
O presidente chileno decretou Estado de Emergência em Santiago, para tentar conter as depredações. Ele prevê restrições à liberdade de locomoção e de reuniões nos próximos 15 dias.
O general Iturriaga diz que o Exército e as polícias farão de tudo para que a normalidade volte até segunda-feira. O general-inspetor dos Carabineros (força policial), Mauricio Rodríguez, informou que 56 policiais sofreram lesões, 49 viaturas foram danificadas e pelo menos 11 civis resultaram feridos em confrontos com agentes da lei.
Iturriaga salientou que, durante a madrugada, fez um sobrevoo na cidade para avaliar os danos.
— Durante a noite não tivemos maiores problemas, não houve grandes danos à infraestrutura. A partir das 2 horas da madrugada, as manifestações perderam força e tivemos apenas eventos isolados. Neste sábado pela manhã a cidade está em calma —assegurou.
O general advertiu que calma não significa tranquila. Ele solicita que a população volte ao trabalho normalmente na segunda-feira, sem mais depredações.