Pelo menos 65 pessoas morreram em um incêndio em um trem de passageiros nesta quinta-feira (31) em Punjab, no Paquistão, provocado pela explosão acidental de botijões de gás. O fogo foi controlado durante a manhã, mas os serviços de emergência continuam trabalhando nos vagões carbonizados, ainda com muita fumaça.
— De acordo com as informações que recebemos do local do acidente, mais de 65 pessoas morreram e mais de 40 ficaram feridas — afirmou a ministra provincial da Saúde, Yasmin Rashid.
Os feridos estavam sendo transportados para os hospitais da região. Até o momento, apenas 18 corpos foram identificados, segundo a ministra.
Três vagões, dois de segunda classe e um de primeira, foram afetados pelo incêndio após a explosão de dois botijões de gás que os passageiros utilizam para esquentar suas refeições, informou Ali Nawaz, diretor do serviço de transporte ferroviário paquistanês.
Segundo as autoridades, muitas vítimas são peregrinos que viajavam para uma festa religiosa na região de Lahore, leste do Paquistão. O primeiro-ministro Imran Kahn afirmou estar "profundamente triste com a terrível tragédia" e anunciou a abertura de uma "investigação imediata, que deve acontecer de maneira urgente".
"Terrível tragédia em um trem de Tezgam (nome da linha que liga as cidade de Rawalpindi e Karachi) após a explosão de um botijão de gás de um passageiro. Orações e pêsames às famílias das vítimas", escreveu ministra paquistanesa dos Direitos Humanos, Shireen Mazari, em sua conta no Twitter. "O acidente poderia ter sido evitado", completou, ao lamentar a falta de controle das bagagens a bordo dos trens.
Os acidentes de trens são frequentes no Paquistão, um país que herdou da dominação colonial britânica uma grande rede de ferrovias, atualmente em péssimo estado, consequência de décadas de corrupção, falta de investimento, ausência de manutenção e gestão inadequada.
Em julho, um choque entre dois trens na mesma região deixou 23 mortos. Imran Khan pediu na ocasião "medidas urgentes para enfrentar décadas de negligência nas infraestruturas ferroviárias".