O furacão Dorian ganhava força ao se aproximar dos Estados Unidos, após ter deixado ao menos 20 mortos nas Bahamas, onde persistem os esforços para se resgatar sobreviventes. De acordo com o boletim do Centro Nacional de Furacões (NHC) das 2h desta quinta-feira (5), Dorian continuará sua aproximação da costa da Carolina do Sul e depois deve seguir para a Carolina do Norte.
No final da noite, com ventos de 185 km/h, Dorian voltou à categoria 3 da escala Saffir-Simpson (que vai de 1 a 5).
Nas Bahamas, o número de mortos passou de sete para 20, e ainda poderá aumentar, anunciou o ministro da Saúde do arquipélago, Duane Sands, advertindo que "os trabalhos de resgate e verificação nas casas inundadas apenas começou".
A população local utilizava jet-skis e botes para retirar as pessoas presas em suas casas inundadas e destruídas pelas intensas chuvas e ventos de um dos ciclones mais potentes de que se tem registro. A Guarda Costeira americana e a Marinha Real britânica se somaram às equipes de resgate com helicópteros, conduzindo evacuações médicas e avaliações aéreas para ajudar a coordenar os esforços de alívio, assim como voos de reconhecimento para avaliar os danos.
A Cruz Vermelha disse estar preparando "um grande esforço de emergência" para aliviar a situação de cerca de 76 mil pessoas afetadas pelo ciclone em Grand Bahama e nas ilhas Ábaco. Já a ONU cita que "ao menos 70 mil pessoas necessitam de ajuda imediata" nas Bahamas.
O primeiro-ministro Hubert Minnis qualificou a situação como "uma das maiores crises da história" do país. "Há inundações graves, danos graves nas casas, comércios, outras edificações e infraestrutura", acrescentou.
Ameaça aos EUA
Dorian, que chegou a atingir a categoria 5, a mais elevada da Saffir-Simpson, caiu para o nível 2, antes de voltar à categoria 3 a partir na quarta-feira. Na madrugada desta quinta, estava 170 km ao sul de Charleston, na Carolina do Norte.
"É um furacão muito imprevisível, muito lento e muito forte. Mas estamos muito bem preparados", disse o presidente dos EUA, Donald Trump.
As autoridades declararam estado de emergência em grande parte da costa leste do país. O Pentágono informou que 5 mil membros da Guarda Nacional e 2,7 mil militares estão prontos para atuar em caso de necessidade.