O candidato opositor e favorito para as eleições presidenciais argentinas de 27 de outubro, Alberto Fernández, disse nesta quinta-feira (26) que, caso vença, confia que vai conseguir ter uma negociação "séria e sensata" com os credores do país.
"É incrível, é impressionante na dívida que o governo (liberal de Mauricio Macri) contraiu. Passou de 38% do Produto Interno Bruto (quando ele assumiu, em 2015) para os 100% atuais", disse em um discurso para empresários da influente Fundación Mediterránea, em Córdoba.
Em campanha, o aspirante à Presidência disse que "vamos poder confrontar essa dívida em uma negociação série e sensata com os credores".
Fernández lidera uma aliança de forças peronistas de centro com outras de centro-esquerda, como sua candidata a vice, a ex-mandatária Cristina Kirchner.
"Nós nunca consideramos dizer que não iríamos pagar (...). O que sempre consideramos é que, para poder pagar, deixem-nos crescer, senão não teremos como pagar", afirmou, reiterando seu plano para enfrentar o endividamento.
"O que o governo está dizendo com seu projeto de 'reperfilamento' (da dívida) é que nestas condição, não dá para pagar. Em outras épocas, isso se chamava moratória. Agora, na pós-modernidade, chamam de 'reperfilamento'", ironizou o candidato.
* AFP