Um tiroteio na madrugada deste domingo (4) deixou ao menos nove mortos e 16 feridos na cidade de Dayton, no Ohio, Estados Unidos. Segundo informações das agências internacionais, o autor dos tiros foi morto pela polícia.
"O autor está morto. Há outros nove mortos. Pelo menos 16 pessoas foram transferidas com ferimentos para o hospital", informou a polícia sobre o novo tiroteio pelo Twitter.
Uma porta-voz do hospital local Miami Valley confirmou à imprensa que 16 feridos no tiroteio foram encaminhados ao local, mas ainda não tinha informações sobre suas condições.
Este é o segundo massacre nos Estados Unidos em menos de 24 horas e o terceiro em uma semana. No sábado (3), um tiroteio em um hipermercado da rede Walmart em El Paso, no Texas, deixou ao menos 20 mortos e 26 feridos.
No domingo passado (28), um jovem de 19 anos invadiu a Festa do Alho de Gilroy, um festival gastronômico na Califórnia, matou a tiros três pessoas e deixou outras 12 feridas. O adolescente se matou na sequência.
O incidente deste domingo ocorreu pouco antes da 1h da manhã, horário local, no distrito de Oregon, conhecido por seus bares e vida noturna, disse o tenente-coronel da polícia local Matt Carper.
— Fomos informados de um atirador e várias vítimas. O autor está morto, por ferimentos a bala causados pela reação da polícia — declarou, esclarecendo que nenhum agente ficou ferido. O suspeito abriu fogo na rua disparando "vários tiros com uma arma longa".
A polícia tenta identificar o autor do tiroteio e o FBI foi ao local para fornecer a ajuda necessária, acrescentou.
Carper disse também que o distrito de Oregon era "uma parte muito segura do centro de Dayton", muito popular e visitado.
— Felizmente, tivemos muitos agentes por perto quando o incidente começou, então a violência durou pouco tempo. É um incidente muito trágico e estamos tentando ao máximo investigá-lo e tentar identificar o motivo do tiroteio.
Ainda segundo o tenente-coronel, muitas testemunhas e policiais ainda estavam sendo interrogados "para determinar se havia mais alguém envolvido".
A cada ataque como os deste final de semana, os EUA retomam o debate sobre restringir a posse de armas, mas as propostas não conseguem avançar.
A medida mais citada é aumentar a checagem de antecedentes criminais de quem compra armas. Uma proposta nesse sentido segue travada no Senado, de maioria republicana.
No país, o lobby da bala, representado pela NRA (National Rifle Association, o lobby pró-armas americano), historicamente faz doações a congressistas -particularmente republicanos-- para evitar regulações mais rígidas envolvendo a posse de armas.
Grupos armamentistas dizem que a segunda emenda da Constituição dos EUA dá ao indivíduo direito de manter e de portar uma arma de fogo. O número estimado de armas (registradas e ilegais) entre os cidadãos varia de 265 milhões a quase 400 milhões -a população americana soma cerca de 328 milhões de habitantes.