As autoridades maltesas autorizaram, neste domingo (7), a entrada em suas águas territoriais do navio humanitário "Alan Kurdi", da ONG alemã Sea-Eye, com 65 migrantes a bordo.
Depois de negociações hoje com o restante da União Europeia (UE) - e com a Alemanha em particular -, Malta informou que patrulhas locais vão recolher os migrantes que estão a bordo, levando-os para terra firme. O navio não recebeu autorização para atracar.
Ainda segundo o governo de Malta, nenhum desses migrantes permanecerá em seu território, "já que este caso não é responsabilidade das autoridades maltesas". O grupo será distribuído por diferentes países europeus.
Pouco antes, em um tuíte, a ONG alemã Sea-Eye afirmou que três pessoas a bordo foram vítimas de uma onda de calor.
"Precisamos, de maneira urgente, de assistência médica e de um porto seguro, para evitar o pior", alertou a ONG.
"Não podemos esperar nos encontrarmos em estado de emergência. Agora, temos de ver se os governos europeus apoiam a posição da Itália. Com vidas humanas não se negocia", havia tuitou a Sea-Eye mais cedo.
O ministro italiano do Interior, Matteo Salvini (extrema direita), mantém uma dura batalha contra estas ONGs e lhes nega acesso a seus portos. Na última semana, dois barcos de ONGs atracaram na ilha de Lampedusa, desafiando Salvini.
As forças armadas maltesas também anunciaram terem socorrido neste domingo um grupo de 50 migrantes, a bordo de uma embarcação que estava afundando em sua zona oficial de resgate no mar. Os homens foram socorridos pelo navio de uma patrulha e chegarão a Malta no domingo à noite.
* AFP