O presidente Jair Bolsonaro disse neste domingo (21) que o Brasil está alinhado à política dos Estados Unidos de sanção econômica contra o Irã.
Segundo o presidente, que disse não ter conversado sobre o assunto com os Estados Unidos, o governo federal alertou as empresas brasileiras sobre embargos impostos contra o Irã.
— Sabe que nós estamos alinhados à política deles. Então, fazemos o que tem de fazer — disse.
O embargo visa atingir o setor petrolífero iraniano, o que atrapalhou o reabastecimento dos navios, com a Petrobras recusando-se a vender combustível por temer represálias ao violar as regras americanas.
Os iranianos são os maiores importadores de milho do Brasil e também estão entre os principais compradores de soja e carne bovina. Embora alimentos não sejam o foco das sanções dos EUA, o caso levanta alguma preocupação sobre as exportações do agronegócio ao país persa.
O navio iraniano Bavand, por exemplo, já carregou cerca de 50 mil toneladas de milho, em maio, no porto catarinense de Imbituba, enquanto a embarcação Termeh deveria chegar em meados de julho ao local para carregar 66 mil toneladas do cereal, segundo informações de agentes do setor portuário.
Ao menos um outro navio iraniano, o Daryabar, que está na mesma lista de sanções, carregou milho em Imbituba em junho e partiu, segundo documento de agência marítima, que aponta também que outra embarcação do Irã sancionada, a Ganj, deve carregar o produto em agosto.